Sobre lágrimas, corpos e silêncios pedagógicos : transitando entre educação física escolar, sexualidades e gênero

Detalles Bibliográficos
Publicado en: Educación Física y Ciencia. Vol. 22 No. 4 (2020),e147 22. Ensenada : Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Departamento de Educación Física, 2020 Artículos
Autor Principal: Alves e Silva, Marco Aurélio
Otros autores o Colaboradores: Nicolino, Aline
Formato: Artículo
Temas:
Acceso en línea:https://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/art_revistas/pr.12602/pr.12602.pdf
https://www.efyc.fahce.unlp.edu.ar/article/view/11154
10.24215/23142561e147
Resumen:This text talks about the objectification of the 'gay body' as different in the school context from bodily experiences lived in the early grades of Elementary School, during Physical Education (PE) classes, from a private school in Goiás. The narrative of the one who experienced it, the reading of the regulatory documents of Primary Schools in Brazil and surveying homophobic pedagogical practices aim to show how corporeality is a collective learning. In this way, the violence practiced by the head teacher, the PE teacher and the students to contain and control the 'different one' is the very condition of existence. Therefore, we understand that the production of what is 'different' in school is a form of knowledge and that the fact of not having gender and sexuality subjects in the curriculum, under the justification it belongs to the private-family sphere, does not exempt schools from this responsibility. That is, when teaching what is not recognized as knowledge, it does not assume the pedagogical responsibility that it refutes and ignores. We believe, therefore, that the visibility of emerging corporealities does not necessarily make them more understandable and that an expanded pedagogical practice, committed to human rights, can enable new experiments of existence, of living lives.
Este texto trata da objetificação do 'corpo gay' como diferente no contexto escolar a partir de experiências corporais vivenciadas nas séries iniciais do Ensino Fundamental, em aulas de Educação Física (EF), de uma escola particular de Goiás. Para isso, o texto divide-se em três momentos: a narrativa autobiográfica do vivido que, por sua vez, objetiva mostrar o quanto a corporeidade é uma aprendizagem coletiva e que a violência praticada pela direção, professora de EF e estudantes para significar o diferente constitui a própria condição de existência do normal; em segundo, um diálogo bibliográfico com teóricos, textos e pensamentos sobre os corpos, gêneros, sexualidades e suas diversidades; e, por último, evocando os dois anteriores, analisamos as impossibilidades nesse meio escolar. Compreendemos, com isso, que a produção do diferente na escola é uma forma de conhecimento e que o fato de não ter as temáticas gênero e sexualidade no currículo, sob a justificativa de pertencer ao âmbito privado-familiar, não impede que sejam ensinadas. Assim, ao ensinar o que não se reconhece como conhecimento, a escola negligencia humanidades e, ao mesmo tempo, não deixa de assumir a responsabilidade pedagógica que refuta e ignora. Identificamos, ao final, que as visibilidades de corporeidades emergentes não as tornam necessariamente mais compreensíveis e que uma prática pedagógica ampliada e comprometida com os direitos humanos pode possibilitar novas experimentações de existência, de vidas vivíveis.
Descripción Física:p.e147
ISSN:ISSN 2314-2561